Contos *Celina*
Celinha era uma menina que morava numa Fazenda muito que vivi até aos meus 8 anos de idade,
vim com os meus pais do Porto, Portugal. Uma coisa é certa, apesar de todo o fascínio da cidade...continuo a ser aquela menina Alentejana que lá deixei ficar.. E como disse e muito bem...eu gosto de lá e para lá,vou voltar. Nem que seja num poema. Eu vivi nesse pedaço de terra onde o sol abrasa, até aos 12 anos de idade, mas de vez em quando volto.Nunca esqueço a infância que ai vivi. A pensar no meu Alentejo estar na eternidade do meu ser, fui menina. Nasci em terra, que o sol parecia queimar,o calor que dela brotava, era de um fascínio que inebriava um calor que escorria feito riacho no meu rosto. Sentia a magia nos campos de trigo,tudo era belo, tudo eu amava. Ainda sinto o cheiro da terra molhada debaixo de uma grande figueira adornada. O cachorro que uivava,feito um urso nas luas claras e nas madrugadas No éden jardim da minha vida,a minha mãe que era nova, eu e ela cultivava tinha pela de maçã,e só vivia sorrindo, como a lua para anoite dos amantes. O meu pai que caçava,nas noites de lua cheia e eu na varanda deitava numa rede esperava. O meu avô,o mestre de engenho fazia mel da cana e rapadura o engenho era de pau e uma boiada puxava meu pai mexia as caldeiras enfervecia a garapa. Eu ficava a observar meu pai e ele, as coisas me ensinava. A fumaça que saia da chaminé, o comboio que passava,para tomar água no açude que bem pertinho do engenho ficava O tanque de água quente para as mãos, todos lavar. Não podia secar,mesmo que a água suja ficasse,misturava noutra limpa, para água não disperdisar. Água trazida do poço,cavado dentro do brejo.porque a água do açude que abastecia as casa das famílias,só servia para beber,e lavar a roupa da gente. Eu e meu irmão José carregava no galão para encher os potes. Para lavar toda roupa tinha que ser fora,numa pedra e um buraco bem enorme pra cair a água dentro. Quando o açude que era só um Já estava preste a secar,porque era muita gente para água dele tomar.Minha começava rezar no oratório que ela tinha lá na cruz da estrada.Era um especie de cemitério onde lá jazia anjos das moradoras da fazenda e das redondezas dalí. Era muito difícil a realidade,mas tudo isso eu vi porque eu acompanhava o dia-a-dia daquela comunidade. Meu Vô era o dono das terras e para ninguém nada faltava naquela fazenda a fartura era tanta que a gente só corria lá e minha Vó ajudava. Tinha muita rapadura para nós comer,nem precisava comprar,porque o meu avô sempre doava. Lá em casa não podia faltar nada. O principal era a rapadura e o leite de cabra. Era para adoçar o café ,o leite de cabra,comer com polenta minha mãe sempre rapava. Era para adoçar o arroz doce,e para fazer garapa, A minha infância na casa dos meus avós,foi porque lá com meus tios,onde meu vô colocava ,todos para trabalhar,tinha comida bastante queijo,qualhado de leite e carne, aparte que eu mais gostava. E eu ficava todas noites a pensar,no dia seguinte para amanhecer o dia,para meu pai ir me deixar.Já minha vó me esperava com o leite fervido,uma cadeira ao lado da pia la eu me sentava para a merenda esperar.Muitas vezes eu chegava de manhã cedo,ela nem tinha acordado.Mas era a hora QUE MEU PAI já ia trabalhar e levava. O candeeiro que iluminava a noite,as sombras que dançavam, no canto do grilo,a cigarra que trabalhava todo dia as dose horas ela apitava.Eu saia a procurar,mas nada de saber onde ela ficava. As bruxas do antigamente,eu tinha muito medo,quando minha tia,as historinhas inventava e para mim contava.Fazendo aquela cara de bruxa, ela se fantasiava,e eu saia correndo assustada.Nessa noite eu dormia.Minha vó brigava com ela,prometia umas lapadas.Minha tia,se escondia e dava muitas risada. Contava que elas dançavam à volta da fogueira e os galhos que batiam as cereais nas areias,a cobra cega,a lagarta pintada,Mula sem cabeça,o menino que tem os pés para trás, todas elas tinham fadas.Acho que para eu me assutar porque eu gostava quando ela falava das fadas Os príncipes e as princesas,as rainhas e reis,as bruxas e as fadas tudo morava nos castelos e saiam nas noites claras e noites enluaradas. Enamorados que ficavam nos pátios das escolas,lá do alto ela ficava olhando.Era o soton perto da sacada eu e tia olhava a gente que passava . Médicos de branco que pela rua passava,Não havia muito carros nas ruas,nas calçadas toda gente trafegava com suas moclilas e bolcas de livros nas mãos. Livres de qualquer perigo ou ameaça. Os livros,era carregado numa sacola,de plástico, que eu e todas minha coleguinhas carregava. Se os garranchos rasgava,era nas mãos que nós levava,com cuidado para não perder nada. No dia em que eu parti,deixei ficar lá o meu encanto,porque raises não se arrancam,mesmo que decepe as raízes elas renascem no coração na mente no consciente da gente. Mesmo longe onde estou nunca posso esquecer de minha terra,torrão que me viu nascer e crescer.Onde vivi e aprendi a viver. A menina que vive em mim.Esse é o meu canto,até ao fim. AutoraFathimaCoelhoSohar.
escritorafatimacoelhosoar
Enviado por escritorafatimacoelhosoar em 16/02/2015
Alterado em 15/09/2024 Copyright © 2015. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |